terça-feira, 7 de julho de 2009

Reflexoes



Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem nao muda de marca, nao arrisca vestir uma cor nova e nao fala a quem nao conhece.
Morre lentamente quem faz da televisao seu guru.
Morre lentamente quem nao da a volta na mesa quando esta infeliz.
No trabalho, quem nao arrisca o certo pelo incerto para ir atras de um sonho, quem nao se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem nao viaja, quem nao le, quem nao escuta musica, quem nao encontra graca em si mesmo.
Morre lentamente, quem destroi seu amor-proprio, quem nao se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias se queixando da sua ma sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de comeca-lo.
Evitemos a morte em suaves prestacoes, lembrando sempre que estar vivo exige um esforco muito maior que o simples fato de respirar.
Pablo Neruda (traducao minha)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

xinga no retângulo